Talento Liderança ... uma boa?



Jogadores desejam que seus personagens se tornem lendas dentro dos cenários em que atuam, sendo heróis, valentes guerreiros, vilões malvados, alguém com feitos importantes ou então um líder de respeito.

Personagens fortes destinados a se destacar em alguma comunidade geralmente desenvolvem um talento do Livro do Jogador chamado Liderança. Porém, muitas vezes, nem mestre nem jogador estão preparados para enfrentar as conseqüências de assumir essa responsabilidade na aventura.

De acordo com o Livro do Jogador do D&D 3.5, o Talento Liderança é descrito da seguinte maneira:

Jogadores desejam que seus personagens se tornem lendas dentro dos cenários em que atuam, sendo heróis, valentes guerreiros, vilões malvados, alguém com feitos importantes ou então um líder de respeito.

Personagens fortes destinados a se destacar em alguma comunidade geralmente desenvolvem um talento do Livro do Jogador chamado Liderança. Porém, muitas vezes, nem mestre nem jogador estão preparados para enfrentar as conseqüências de assumir essa responsabilidade na aventura.

De acordo com o Livro do Jogador do D&D 3.5, o Talento Liderança é descrito da seguinte maneira:

‘‘O personagem é um individuo que as pessoas desejam seguir. Ele se esforça para recrutar parceiros e seguidores.
Pré-requisito: 6º nível de personagem.
Benefícios: Seu personagem é capaz de atrair companheiros leais e seguidores devotados, subordinados que o auxiliarão. O mestre pode indicar todas as informações sobre os tipos de parceiros e a quantidade de seguidores que seu personagem consegur recrutar.
Especial: converse com seu mestre antes de selecionar esse talento e peça a ajuda dele para definir um parceiro e seguidores apropriados ao seu personagem (o Livro do Mestre contém mais informações sobre parceiros e seguidores).’’






Eu destaco duas coisas nessa descrição de talento: a primeira é ‘‘o personagem é um individuo que as pessoas desejam seguir’’. Isso se refere diretamente à conduta do personagem, o que ele faz ou como faz inspira as pessoas ao seu redor, encorajando pessoas a largar sua rotina para auxiliar e ajudar um desconhecido, simplesmente por admiração e respeito. Como mestre, eu não permitiria esse talento a jogadores que não demonstram essa tendência em jogo, não daria poder a uma pessoa que não conseguiria sustentá-lo, pois um jogador que não consegue suportar a condição de líder, e manter uma interpretação que justifique essa sedução que seu personagem impõe, pode acabar com um grande fracasso na história, ao contrário do que desejou inicialmente.

O segundo ponto é ‘’converse com seu mestre (...) o livro do mestre contém mais informações’’ o que significa que seu uso não é simples. Muitos livros são lançados para D&D, suplementos, complementos, análises, cenários, etc, etc, etc, mas quando o Livro do Jogador sugere a consulta em outro livro é porque a coisa não é mais complexa do que parece.

O Livro do Mestre destaca em sua descrição a dependência que este talento possui quanto à atuação social do personagem e seu impacto na campanha. O Mestre deverá avaliar se esse talento trará mais prejuízo do que vantagens para o jogo.

Um personagem com Liderança comanda certa quantidade de personagens, mas um, em especial, atua diretamente com ele em todos os momentos e passa a acompanhar o personagem na campanha. Esse personagem é chamado de Parceiro e deve possuir uma ficha própria que será comandada pelo jogador que lidera seguidores. Um jogador que não controle bem sua ficha não irá conseguir controlar duas. Outra coisa a se destacar é a tendência dos seguidores, que nunca poderá ser oposta à do líder.

Bom, mas antes de bater mais nesse talento, vamos entender como ele funciona:

Primeiro, ele depende do nível de liderança do personagem (com no mínimo 6º nível) que é calculado somando-se o nível de personagem com o modificador de Carisma. Outra coisa que influencia nesse valor é a reputação do personagem, quer facilitará ou prejudicará sua busca por seguidores no percurso da campanha.

Personagens de grande renome recebem bônus de +2 no valor da liderança, personagens justos, generosos ou com poderes especiais recebem bônus de +1, fracassos e arrogância implicam em penalidade de -1, e líderes cruéis recebem penalidade de -2 no valor da liderança. Além desses, um familiar ou montaria especial penaliza o valor em -2, recrutar pessoas de tendência diferente, penalidade de -1, e provocar a morte de um parceiro implica penalidades de -2 a cada parceiro perdido em campanha. Possuir uma base ou fortaleza, bonifica em +1, viajar muito ou perder seguidores, penaliza em -1. E por ai vai...

A tabela de Liderança é encontrada no Livro do Mestre.

Ter um personagem com liderança na mesa não implica somente em problemas. Um jogador que consiga segurar as pontas e justificar o talento acabará se integrando firmemente no cenário, e estender isso ao grupo. Trará um reforço às suas metas e objetivos de campanha e muitos braços para trabalhar em prol de seus ideais, e com certeza será um grande desafio para o mestre na hora de gerenciar as ações de todos.

No final, podem surgir coisas muito interessantes, como um guerreiro que se torna líder de uma milícia, ou um personagem que cria seu próprio feudo, um paladino que agrega um exército sagrado, ou um bárbaro que parte pelo mundo enfrentando tudo que pode [quem sabe um meio orc, líder de uma tribo?!].

Não quis queimar o talento, nem colocar medo em jogadores e mestres, mas tenho obrigação de ressaltar a importância desse talento e o impacto que ele poderá causar na campanha.


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