Comentários sobre Paladinos


Eu sou um mestre extremamente preconceituoso, principalmente quando se fala em D&D de paladinos, bardos e gnomos. Acho que são classes e raça que podem fazer tanta diferença no cenário que fica até difícil mensurar as possibilidades. O fato que piora o grosso da história é que eu realmente quase não vi interpretações boas de jogadores quanto a essas classes. Hoje eu vou focar minhas palavras à classe do PALADINO. O tal do paladino é um saco (RS) com o perdão daqueles que gostam dessa classe, o pj palada é um certinho enjoado que não pode deixar nada de ruim acontecer que vem ele com a mania de decência e justiça que somente ele sabe impor com tamanho empenho.

Lógico que estou exagerando, mas essa classe é a mais restrita quanto à interpretação, pois ela acaba exigindo do jogador um extenso conhecimento do cenário, das divindades e de algumas regrinhas que são aplicadas somente a ele. Fora o fato de que a presença de um paladino na mesa quase sempre obriga o Mestre a direcionar as aventuras para uma temática religiosa ou de combate ao mal. Eu gosto de campanhas mais políticas, que envolvem o desenvolvimento de nações e sociedades, então, adotar um jogador que queira desenvolver um paladino na minha mesa é sempre um desafio.

Na verdade, eu somente permiti alguém utilizar esta classe duas vezes. A primeira foi com um dos meus amigos e jogador de longas datas o Batata. Por ele ter experiência em RPG, principalmente com D&D e AD&D, permiti a ele fazer par com outro jogador, o FDDS, que jogou com um clérigo, ambos seguidores de uma divindade Leal e Boa. Pela primeira vez eu via uma dupla coerente e coesa agir em uma aventura puramente religiosa. Foram 16 níveis de jogo emocionante, onde não existiu nenhuma narrativa sem graça ou que fosse necessário buscar o que fazer. Mas, o que torna um paladino interessante? A classe em si é fantástica, o cara é um defensor divino, um arauto de um deus na terra, portador da verdade e de inquestionável autoridade religiosa. Será que o jogador sabe disso? RS... Muitos em D&D esquecem que o jogo não precisa ser só “mata-empilha”, a interpretação engrandece e muito os jogos e deixa a sessão ainda mais emocionante e o palada é pura interpretação, ele foge do bater do guerreiro e do turn undead do clérigo. Acabando por misturar os dois em uma figura que tem um propósito pré estabelecido. Seus códigos de conduta são complexos, suas decisões são vigiadas pelo atento mestre e não podem se diferenciar das tendências originais de sua divindade, e, por último mas não menos importante, todas suas decisões devem ser leais e boas.

O sujeito que queira interpretar uma classe como essa deve se prender aos seguintes pensamentos:

I – O personagem deve ser bom.

II – A interpretação deve ser firme.

III – Deve-se conhecer bem as características da divindade seguida.

IV – Carisma não é tudo, o palada é a classe que precisa mais de pontos distribuídos.

V – Seja chato sem medo, é o paladino que deve manter a tendência do grupo (Diga-me com quem andas e eu te direi quem és).

VI – Não tenha medo de um desafio, isso pode ser interpretado como falta de fé.

VII – Não encare qualquer desafio, tipo, “sou paladino de 3 nível e vi que tem um Dragão Ancião vermelho logo ali fazendo maldades, vou matá-lo”.

Pra finalizar algumas considerações pessoais quanto ao Paladino (coisas que as vezes uso nas aventuras): · Não encaro paladino como simplesmente classe, ele é um escolhido, um status, assim, não serve somente divindades boas, serve qualquer divindade; · Paladinos que não seguem a tendência de sua divindade perdem seus status divinos muito facilmente, sendo necessária a penitência, mas nada de quests ou outra coisa difícil que irá tirar o rumo da história.

Acredito que uma divindade não iria escolher facilmente como representante de sua força e poder um personagem de primeiro nível que facilmente morreria no primeiro embate, assim, eu considero que um paladino funciona como Classe de Prestígio (mas na verdade, ele aparece depois que o PJ já iniciou a aventura). Sendo assim, um paladino é obrigatoriamente um Multi-classe.

Comentários

  1. ...

    Qualquer classe tem religião e pode ser madura, religiosa e liderar... paladino é só uma classe... um símbolo da luz... mas onde tem luz tem sombras... e quanto mais perto se chega da fonte da luz... maior é a sombra que se deixa... ficam cegos como mariposas e deixam outros no breu... fazendo aliados se submeterem a essa vontade a ponto de deixar pra trás quem são...
    Mas se bem que merecem mesmo por tabém não interpretar religiões...

    Paladino é só uma classe que só fica chata quando tem um mestre com uma concepção tão unilateral quanto a sua...

    Talvez os "paladinos imaturos pentelhos", que você adora, sejam reflexo dessa tua concepção profana...

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  2. ...

    Qualquer classe tem religião e pode ser madura, religiosa e liderar... paladino é só uma classe... um símbolo da luz... mas onde tem luz tem sombras... e quanto mais perto se chega da fonte da luz... maior é a sombra que se deixa... ficam cegos como mariposas e deixam outros no breu... fazendo aliados se submeterem a essa vontade a ponto de deixar pra trás quem são...
    Mas se bem que merecem mesmo por tabém não interpretar religiões...

    Paladino é só uma classe que só fica chata quando tem um mestre com uma concepção tão unilateral quanto a sua...

    Talvez os "paladinos imaturos pentelhos", que você adora, sejam reflexo dessa tua concepção profana...

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  3. Paladinos como qualquer outro do grupo devem apenas proteger os aliados e quem eles são também... fazeno sacrifícios para isso [coisa mais sagrada que tem]... e não correndo para a luz como mariposas e deixando todos em sua própria sombra...

    REGRA: O lider é o que representa a vontade do grupo... e cada um na sua religião, que nenhuma é mais importante que a outra... E o lider fica forte com o sacrifício que faz.

    A manifestação de "luz sagrada" de um paladino nada mais é que uma forte intuição e percepção extra-sensorial aplicada de forma impetuosa... Mas qualquer manifestação original de outra classe é tão "sagrada" quanto...

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