Feira do caqui com Itens mágicos?

Eu já tentei muita coisa com o D&D 3ª Edição, desde modificar regras, adaptar personagens, criar classes, desenvolver especificidades de cenários, novas magias, novas classes de prestígio, raças, e muito muito mais... muitos jogadores das minhas mesas até brincam, dizem que as minhas mesas são imprevisíveis, que eu sou apelão ou outros adjetivos menos divulgáveis, mesmo assim nunca perdi uma mesa. Mas tudo isso por um motivo: o D&D é um absurdo!!

Mesmo eu adorando esse sistema, tem umas coisas que eu não concordo de jeito maneira... dentre tantos exemplos os itens mágicos e suas dinâmicas de fabricação. Eu não ia escrever nem uma linha sobre isso, mas enfim, vou comentar só um pouquinho: muitos jogadores reclamam em minha mesa sobre a falta de itens mágicos e similares, mas já pararam pra perceber que para um mago fabricar um desses ele, alem de gastar uma grana preta, perde XP?

Alguém ai que jogue RPG há mais de três sessões pode responder que é a eXPeriência que o personagem adquiriu durante as campanhas e ela é a responsável pela ascensão dos níveis do PJ. [clap clap clap] palmas porque está certo, mas eu gosto de observar as coisas mais a fundo. Os pontos de experiência são os responsáveis pelo fortalecimento do PJ, traduzido em miúdos, é o que faz o personagem ficar mais rápido, ficar mais forte, ficar mais resistente, mais sábio, inteligente, melhor em diversos sentidos... se um personagem perde XP ele definha, ele murcha, ele desaprende coisas, fica menos hábil e por ai vai. Um mago que produza um item, mesmo exercitando seu conhecimento, ele acaba ficando “mais burro”. Até a explicação que ele fique mais fraco ou menos ágil é interessante, mas sabemos que um mago busca o aperfeiçoamento da experiência para conseguir inteligência. Então, jogadores chorões que querem feiras cheeeeias de itens mágicos, quem, em sã consciência, iria definhar, enfraquecer, emburrecer, etc etc, pra produzir uma infinidade de itens que estariam ali a venda a preço de banana? E é sério, peguem alguns jogos por ai e vejam que numa mesma barraquinha de armamentos, de uma feira medieval, de qualquer vilarejo mediano, você encontra pelo menos sete ou oito itens. Rapaz!! Eu não concordo... mas isso leva a outro dilema: O que fazer para dificultar os acessos aos itens mágicos?

Eu já pensei nisso e uma das conclusões foi deixar na mão do Mestre. MEDIDA DITATORIAL EXTREMA (MDE)... não funciona!! Mexer com valores, custo em PO, não funciona, tem campanhas que o sujeito parece que ganha na loteria, mata um abocanhador matraqueante e dele saltam 49 PO. Componentes? Mas isso geraria campanhas secundárias e quests novas que, às vezes, podem ser um saco. O que eu faço é o seguinte: eu deixo o jogador fazer os itens que deseja, desde que possua os talentos para isso, e restrinjo o acesso. É mais fácil um jogador receber um equipamento mágico de alguém poderoso ou até mesmo encontrar jogado perto de um cadáver em uma dungeon do que encontrar algo assim para comprar.